Histórias Amazônicas Cruzadas

LINK, Rogério Sávio; SOUZA, Sônia Ribeiro de; PACHECO, Alexandre (Orgs.). Histórias Amazônicas Cruzadas – Anais do VI Seminário Integrado de Ensino e Pesquisa em História e XXVI Semana de História. Porto Velho: Karywa, 2023. 157p. ISBN: 978-65-86795-22-6. Disponível na Amazon em ebook e impressão sob demanda! Ou faça o Download em PDF!
Palavras-chave: 1. Formação de Professores; 2. Amazônia; 3. Epistemologias; 4.Seminário Integrado; 5. Semana Acadêmica de História.

Este livro é resultado do VI Seminário Integrado de Ensino e Pesquisa em História e XXVI Semana de História do Departamento Acadêmico de História da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Normalmente esses eventos ocorrem separadamente, mas, excepcionalmente, em virtudes ainda dos efeitos da Pandemia de Covid 19, o Departamento Acadêmico de História da UNIR, campus Porto Velho, optou por unificar esses eventos. O tema que une os dois eventos são as Histórias Amazônicas Cruzadas.

Esses eventos são, historicamente, os principais momentos acadêmicos em que a totalidade dos atores da graduação de História se encontram fora do modelo tradicional disciplinar/curricular para refletir temas que vão além da rotina do curso. É também o principal momento no qual apresentam e compartilham com a comunidade acadêmica e com o público em geral suas pesquisas desenvolvidas recentemente. O objetivo principal desses dois eventos, portanto, é colocar o protagonismo nos próprios discentes para que experienciem atividades acadêmicas autorais.

Os trabalhos publicados seguem dois formatos, a saber, resumo expandido ou artigo acadêmico, subdivididos nas seguintes áreas temáticas: a) Pesquisas no âmbito da Graduação, b) Pesquisas no âmbito da Pós-Graduação, c) Resultado de Projetos de Ensino e Extensão e d) Resultados de Estágios Supervisionados e Monitorias. Ao todo, são 18 trabalhos publicados – 12 resumos e 6 artigos.

Anais do I Congresso Internacional de História da Amazônia

LINK, Rogério Sávio; RABELLO, Antonio Cláudio Barbosa; FONSECA, Dante Ribeiro da (Orgs.). Cultura Popular na Amazônia: Anais do I Congresso Internacional de História da Amazônia. Cacoal: Karywa, 2023. 400p. ISBN ebook: 978-65-86795-21-9. Disponível na Amazon em ebook e impressão sob demanda! Ou faça o Download em PDF!
Palavras-chave: 1. História; 2. Amazônia; 3. Cultura popular; 4. Epistemologias;
5. CIHAM.

Este livro é o resultado final das comunicações aprovadas e apresentadas no “I Congresso Internacional de História da Amazônia: Cultura Popular na Amazônia” (I CIHAM) promovido pelo Programa de Pós-Graduação em História da Amazônia (PPGHAm). Ao todo, foram 7 Grupos de Trabalhos, os quais compõem os respectivos capítulos, a saber: A cultura junina em Rondônia: desafios e resistências; História e História Indígena: velhos e novos problemas epistemológicos; História(s) Indígena(s) na Amazônia: metodologias, conhecimentos e perspectivas de pesquisas colaborativas; História, Mídia e Amazônia; Memória, história e autoritarismo; Registros sobre a instrução pública nos vales do Madeira e Guaporé entre 1901 a 1956; Violência e populações periféricas urbanas e rurais na Amazônia Ocidental.

O “Congresso Internacional de História da Amazônia” foi instituído pelo PPGHAm para possibilitar o compartilhamento e divulgação de pesquisas acadêmicas realizadas sobre a Amazônia no campo da História e áreas afins. Nesse sentido, o evento buscou reunir pesquisadores e pesquisadoras que estudam fenômenos sociais amazônicos para compartilharem suas pesquisas e debater questões relativas à Amazônia. Na primeira edição do evento, a comissão organizadora, composta por docentes e discentes do Programa, escolheu o tema “cultura popular na Amazônia”.

Tereré: Patrimônio cultural de Mato Grosso do Sul

GONÇALVES, Carlos Barros. Tereré: Patrimônio cultural de Mato Grosso do Sul. 1a ed. Cacoal: Karywa, 2023. 96p. ISBN ebook: 978-65-86795-20-2, ISBN impresso: 978-65-86795-19-6. Entre em contato com o autor ou faça o Download!
Palavras-chave: 1. Erva mate; 2. Tradição cultural; 3. Identidade; 4. Patrimônio; 5. Mato
Grosso do Sul.

Este livro aborda a história do consumo e usos culturais do tereré no Mato Grosso do Sul (MS) e regiões vizinhas. O tereré e a erva-mate (ilex paraguariensis) foram e são temas recorrentes na história, música, contos, poesia, lendas ou pinturas no Mato Grosso do Sul. Dão nomes a estabelecimentos comerciais, marcas de produtos diversos, festas, comemorações, revistas, jornais ou boletins. A bebida é preparada com a erva-mate para tereré, mais grossa do que a erva para o chimarrão, uma guampa, geralmente feita com o chifre de gado, mas que já foi substituída por copos de madeira, vidro, alumínio ou plástico, uma bomba, utilizada para sorver o líquido e água fria ou gelada. É extremamente apreciada no dia-a-dia dos sul-mato-grossenses. Está presente nos locais de trabalho, nas escolas, universidades, nas praças, nas ruas e na quase totalidade das casas.

O tereré é servido neste livro como um dos modos pelo qual uma possível identidade sul-mato-grossense ganha materialidade, solidez; e o reconhecimento da bebida como um patrimônio cultural do estado reforçou e institucionalizou essa possibilidade, esse poder. É por essa razão que o livro relaciona o patrimônio cultural e a história, na tentativa de apontar a presença da bebida como parte da história e do viver dos moradores de MS. Dessa forma, além de comentar as ações para o registro do tereré como bem imaterial do estado apresento como a bebida é entendida e consumida no cotidiano da diversificada população sul-mato-grossense.

O livro está estruturado em 3 capítulos. O primeiro, conta um pouco sobre as antigas origens para o que hoje é chamado de tereré; o segundo, trata sobre a história da erva-mate e sua importância histórica para o estado de MS; o terceiro, apresenta como se deu o processo de registro da bebida como um patrimônio estadual e, sobretudo, como o tereré se constitui num importante elemento diferenciador, marcador de uma identidade, um jeito de ser sul-mato-grossense. É fruto de uma pesquisa que teve início em 2011, apresentada como monografia a um curso de especialização em patrimônio cultural. O investimento nessa temática de pesquisa teve origem no círculo familiar do autor, pois, tal como muitos sul-mato-grossenses, é filho de pai paraguaio e mãe brasileira. O tereré, a chipa, a sopa paraguaia, a polca, o chamamé, o locro, o bori-bori, a língua Guarani, a torcida pela seleção paraguaia de futebol, foram elementos presentes na infância, nas amizades, na formação intelectual do escritor. O livro também resulta, portanto, das afetividades vivenciadas no passado e vividas no presente.

Uma análise das representações sobre os indígenas no ENEM

LOPES, Fabrícia da Silva. Exame Nacional do Ensino Médio: uma análise das representações sobre os indígenas (1998-2020). [e-book] Série Monografias. São Leopoldo: Karywa, 2021. 46p. ISBN: 978-65-86795-15-8. Disponível na Amazon!
1. Educação Indígena; 2. ENEM; 3. Resistência; 4. Protagonismo Indígena; 5. Representação.

O presente Trabalho de Conclusão de Curso investigou as diferentes representações sobre a temática indígena, utilizadas nas questões do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Para isso, analisamos de que modo os povos indígenas vem sendo representados nesse exame e os sentidos atribuídos a tais representações. Assim, procuramos verificar até que ponto as narrativas historiográficas manifestas no ENEM privilegiaram ou não os povos indígenas brasileiros e suas tradições. Para o desenvolvimento desta pesquisa, a sistematização e análise de dados referentes às provas aplicadas entre 1998 e 2020 foram essenciais. Também nos apropriamos de referenciais bibliográficos de modo a estabelecer uma relação entre os estudos que privilegiam o protagonismo indígena e aqueles que produzem representações que nem sempre dialogam com suas realidades no mundo contemporâneo.

A partir do conceito de representação, verificamos que as implicações desses significados acabam por não realizar um apagamento completo das representações dos povos indígenas, pois eles direta ou indiretamente chegam a serem mencionado e/ou citado nas provas. A problemática identificada desenvolve-se na forma e modo como as representações corroboram com a divulgação de certos estereótipos pejorativos, desfigurando e/ou generalizando a história e o papel dos povos indígenas na História do Brasil. Enfim, os resultados alcançados indicam que mesmo após um longo processo de luta pelo reconhecimento da diversidade e da diferença de povos existentes no país, desencadeada a partir dos anos 1970 e culminando com direitos assegurados pela Constituição Brasileira de 1988, assim como o resguardo garantido sobre o ensino de História Indígena nas escolas, com base na Lei 11.645/2008, ainda há muito que fazer em relação à evidenciação do protagonismo indígena na Educação Básica Brasileira.


“Lugar de índio não é na Reserva”

CAVALCANTE, Tiago Leandro Vieira. “Lugar de índio não é na Reserva” – Panambizinho e Panambi-Lagoa Rica: da luta pela permanência à luta pela demarcação das terras indígenas. [e-book] / São Leopoldo: Karywa, 2021. 154p. ISBN: 978-65-86795-12-7. Disponível na Amazon! Ou faça o Download!
1. História Indígena; 2. Kaiowá; 3. Resistência; 4. Protagonismo Indígena.

Este livro apresenta um estudo histórico sobre o caso do processo de esbulho territorial e do posterior reconhecimento estatal das Terras Indígenas Panambizinho e Panambi-Lagoa Rica, localizadas, respectivamente, nos municípios de Dourados e de Douradina no estado de Mato Grosso do Sul. Trata de maneira conjunta dos casos de Panambizinho e Panambi-Lagoa Rica porque eles se inter-relacionam e de fato compartilham o mesmo processo histórico durante o período em que lutaram para permanecer em suas terras de ocupação tradicional frente às investidas da Colônia Nacional Agrícola de Dourados – CAND.

Os casos em questão são emblemáticos ao demonstrarem que os indígenas protagonizaram atos de resistência frente ao processo de esbulho territorial desde o seu início, ou seja, a luta dos indígenas não se restringiu à chamada era dos direitos, aqui entendida como o pós-1988. Demonstra-se também a inércia do Estado brasileiro em relação ao reconhecimento dos direitos territoriais indígenas e a articulação destes grupos para garantir seus direitos, em especial através de sua articulação interna e externa.

Justiça Criminal e Povos Indígenas no Brasil

ELOY AMADO, Luiz Henrique (Org.). Justiça Criminal e Povos Indígenas no Brasil. Ebook. São Leopoldo: Karywa, 2020.  270p. ISBN: 978-65-86795-00-4. Faça o Download!
Palavras-Chave: 1. Direito indígena; 2. Direito indigenista; 3. Processos penais; 4. Encarceramento indígena; 5. Jurisprudência.

“Justiça Criminal e Povos Indígenas no Brasil”, organizado pelo advogado Luiz Henrique Eloy Amado, do Núcleo de Assessoria Jurídica Popular do Mato Grosso do Sul (NAJUP/MS), Capa Justiçaé um livro valioso e necessário para a compreensão da realidade e da gravidade dos problemas enfrentados por povos indígenas no sistema de justiça e no processo penal brasileiros. Para o Fundo Brasil, é uma honra apresentar esta obra ao leitor neste momento.

A publicação trata dos mecanismos pelos quais o encarceramento em massa volta seu potencial violador especificamente para os povos indígenas, integrando-se então ao longo projeto nacional de destruição dos meios de vida e de culturas originárias no Brasil. Por meio de reflexões e análise de casos concretos, permite entender os impactos da invisibilidade dos indígenas no sistema prisional, que teima em desconsiderar suas diferenças socioculturais em violação ao princípio da isonomia no processo penal. Continuar a ler

Reserva Indígena de Dourados: Histórias e Desafios Contemporâneos

MOTA, Juliana Grasiéli Bueno; CAVALCANTE, Thiago Leandro Vieira (Orgs.). Reserva Indígena de Dourados: Histórias e Desafios Contemporâneos. Ebook, São Leopoldo: Karywa, 2019. 285p. ISBN: 978-85-68730-38-6. Faça o Download!
1. História indígena; 2. Kaiowá; 3. Guarani; 4. Terena; 5. Resistência; 6. Mato Grosso do Sul.

A diversidade de abordagens e experiências de pesquisa colocadas por escrito neste livro permite-nos conhecer a RID em perspectiva histórica; desde sua complexidade social, Capa ebookreligiosa e cultural; do ponto de vista de seus habitantes jovens, masculinos, femininos, adultos e anciãos. Essa diversidade nos ajuda a reconhecer a multiplicidade étnica na reserva, onde vivem Guarani, Kaiowá, Terena, Boróro, Kaingang, Kadiwéu e não indígenas paraguaios e brasileiros.

O livro nos fala da atuação dos órgãos indigenistas, das escolas, dos postos de saúde, hospitais, centros de referência de assistência social, das missões religiosas, igrejas, organizações não governamentais e associações. Discutem-se nele os mecanismos de controle social, a relação entre os diversos grupos sociais que integram a reserva e as novas instituições que, de certa forma, pôs em curso novas conformações étnicas e socioespaciais na reserva. Nesse contexto de presença constante do Estado e influência crescente da sociedade não índia, a política e a liderança indígenas foram perdendo sua capacidade de resolver os problemas da pessoa e da sociedade indígena. Continuar a ler

Panambizinho: lugar de cantos, danças, rezas e rituais kaiowá

CHAMORRO, Graciela.  Panambizinho: lugar de cantos, danças, rezas e rituais
kaiowá. São Leopoldo: Karywa, 2017. 284p.  ISBN: 978-85-68730-24-9. Aquisição direto com a autora.
Palavras-chave: 1. Kaiowá; 2. História indígena; 3. Antropologia; 4. Etnografa; 5. Rituais; 6. Linguística.

Este livro tenta mostrar que o estudo das rezas, dos cantos e dos rituais kaiowá podem aportar dados diferenciados sobre as experiências históricas e as práticas culturais das comunidades que proferem essas palavras cantadas e celebram esses rituais, sobre o contato desses grupos com as sociedades não indígenas e sobre sua maneira de produzir arte e cultura com a palavra. Cantos e danças foram as armas com as quais os chamados Guarani históricos enfrentaram os conquistadores.

Ao escrever este livro, pensamos particularmente nas professoras e nos professores de escolas, colégios e universidades que fazem frente aos preconceitos e às ideologias que encurtam a memória das novas gerações e corrompem as mais belas joias humanas: a imaginação e o pensamento. Contra o preconceito de que as populações indígenas não têm história, afirmamos aqui que elas são sujeitos de formas distintas de historicidade, de compreensão e vivência do tempo e que a história ocidental é apenas uma forma de perceber-se no tempo e refletir sobre essa condição. Continuar a ler